Quando ouvimos falar de processo criativo, criatividade, muitas vezes pensamos em pessoas fora do comum, pessoas que possuem o “dom” de criar e que isso não nos pertence. A criatividade não é como muitos pensam, um dom, que/ou se nasce criativo ou não. Ela pode ser desenvolvida pela aprendizagem. O desenvolvimento da criatividade pode vir com a predisposição da pessoa, lançando-se a querer conhecer esse universo de possibilidades.
Daí inicia seu processo de busca e é na própria busca que vai descobrindo em si aquilo que poderá vir a ser, sua individualidade. Trata-se de um processo de crescimento, amadurecimento e discernimento, que passa a ser identificado com o próprio viver, e o que mais importa é a motivação existencial. O modo de existir, nesse caso, é estar envolvido consigo mesmo, predisposto, assim o mundo se dispõe e começa a existir de outra maneira. Na verdade ele sempre esteve ali, pronto para ser percebido, mas a falta de sensibilidade ou estagnação não permitiu enxergar além das aparências dadas.
Quando se está aberto à vida, receptivo às novas experiências, o indivíduo terá condições para criar, ou ainda, continuar criando, visto que para estar nessa condição de “abertismo” o mesmo necessitou re-organizar sua forma de existir, ou seja, criou uma nova condição. O processo criativo é um seguimento vivencial que abrange a ampliação da consciência, engaja a totalidade sensível e inteligível do indivíduo. O ser se sente existente. Sua postura frente à realidade é marcada por uma atitude ativa.
Parte de Mim 